As décadas finais do século XVIII foram marcadas por uma primeira significativa expansão da economia açucareira em terras paulistas, resultado da crise provocada pelos acontecimentos de Saint-Domingue e de um mercado consumidor atlântico em franca expansão. Logo após a independência, contudo, a chegada da cafeicultura veio abafar as fornalhas dos relativamente modestos engenhos paulistas, reduzindo-os às áreas de terras menos cobiçadas pela nova cultura. A análise desenvolvida por Roberta Barros Meira neste volume retoma o fio da meada dessa história justamente na conjuntura da segunda metade do século XIX, a partir do momento em que a exportação açucareira paulista perde sua preeminência na balança de exportação para o recém-chegado café. Sua proposta é analisar a reação que o negócio do açúcar em São Paulo manifesta frente às novas diretrizes imperiais favoráveis aos engenhos centrais.