Origem e curiosidades: o nome Alpínia refere-se na verdade ao maior gênero da família das Zingiberaceas. Isso mesmo, tratam-se de primas do gengibre, e algumas espécies até podem ser usadas como gengibre, mas algumas são tóxicas. O nome veio de uma homenagem a um botânico italiano chamado Prosper Alpino, e apesar dessa referência, nada tem a ver com a Itália. É nativa das ilhas da Indonésia e se difundiu pelo mundo a partir de 1920 pelo seu forte apelo ornamental e perfume. Chegando ao Havaí, tornou-se importante item de exportação como flor de corte. Na ilha de Samoa o impacto econômico foi maior e tão importante que a espécie A. purpurata, tornou-se até símbolo da ilha, com o apelido de Rainha de Samoa. Existem poucas informações de quando desembarcou em terras brasileiras, mas tudo indica que foi importada pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro. De lá, espalhou-se, tornando-se obrigatória em qualquer jardim de apelo tropical. Com o aumento do interesse, foram introduzidas outras espécies no mercado, como a Alpinia zerumbet, e algumas variações e híbridos. A A. purpurata ganhou no Brasil alguns nomes populares como gengibre de jardim ou gengibre vermelho, e logo chegaram suas híbridas que aparecem nas fotos acima: a versão rosa e a chamada Jungle Red, que é igual à original, apenas com flores do dobro do tamanho. A A. zerumbet se popularizou com o nome de Colônia, e possui a variedade original, a variedade variegata (que é mais usada pelo colorido de suas folhas) e a variedade ereta, muito similar à primeira, mas com flores não pendentes. A tradição malaia vinculou as alpínias brancas com o amor verdadeiro e paixão ardente, e as vermelhas com desejos de prosperidade.Usos e aplicações: algumas espécies de alpínias, como a A. galanga, tem forte apelo medicinal e é bastante procurada pela indústria farmaceutica para vários fins, mas infelizmente é pouco comum no Brasil. A A. zerumbet até tem alguns princípios medicinais, mas requer cuidados especiais para seu uso, caso contrário pode intoxicar quem dela se utilizar. Já a A. purpurata é tóxica, e não deve ser utilizada como medicinal em nenhuma circunstância. Isso, contudo não tira o grande e belo efeito ornamental destas plantas. É possível utilizá-las como flores de corte, para ornamentação de festas e eventos ou ainda na confecção de buquês, como flores para jardins, formando maciços e forrando canteiros, ou ainda em vasos, ornamentando residências. De toda forma, em qualquer local que seja cultivada irá impressionar pelo perfume característico que impressiona e atrai todos os tipos de jardinistas e amantes da natureza.Cultivo: é uma planta tropical que aprecia bastante ambientes quente e úmidos. Por isso no sul do Brasil pode ser cultivada, mas só mostrará sua exuberância nos meses de primavera e verão. No resto do Brasil irá desenvolver-se muito bem o ano inteiro. O solo deve ser bastante argiloso justamente para manter a umidade necessária. Pode ser multiplicada por sementes ou rizomas (que neste caso é um pedaço da raiz), sendo a segunda a forma mais rápida e eficiente. Não gosta de locais escuros, mas pode muito bem ser plantada em meia sombra, desde que bastante iluminadas, ou ainda em locais totalmente ensolarados. Se for cultivada em canteiros é interessante efetuar uma poda a cada dois anos, mantendo as hastes mais ou menos na mesma altura. Já se estiver em vasos, o cuidado é com a divisão da touceira, que também deve ser feito obrigatoriamente a cada dois anos. Não é exigente em adubação ou outros cuidados especiais.