As pencas de balangandãs são joias crioulas dos século XVIII-XIX que são consideradas um patrimônio da Bahia e da cultura afro-brasileira. Essas joias são artefatos que marcam a resistência negra contra o regime escravocrata, porque foram uma das manifestações artísticas afro-descendentes mais antigas no país. Essa jóia, por ser uma peça híbrida, possui aspectos africanos e portugueses, era produzida e confeccionada no Brasil e possui uma sonoridade parecida com um chocalho. Elas eram de uso cotidiano e eram consideradas amuletos e talismãs, usados para atrair saúde, amor e sorte por exemplo, para devoção de alguma crença, votação e evocação.[1] Sua origem é desconhecida, possivelmente na Bahia, mas não se limitou a esta região, e é muito atribuída aos negros malês que trabalhavam com a fundição dos metais.[1] Com isso, a cultura crioula no Brasil marcou a fabricação e a técnica do trabalho com metais, o que gerou um grande impacto do design de joias brasileiras.[2]A palavra balangandã tem origem banto e possui diferentes significados, mas o mais aceito é um vocábulo oriundo do regionalismo no Brasil e onomatopaico, uma forma de representação que evoca o seu objeto por semelhança sonora, numa relação icônica, ou seja, uma palavra originária da imitação do som da sorte