Toca Discos Gradiente D35Em perfeito estadoO toca discos foi o último componente que eu comprei para o meu primeiro sistema de som. Um toca discos bom era caro, e antes mesmo de acabarmos de montar a nossa casa já tínhamos uma filha a caminho, o que reduzia a verba disponível.O Gradiente D35 não era um topo de linha, mas tem uma das grandes inovações da época: controle da velocidade por "quartz" (hoje diríamos "por cristal"), o que é obtido ligando o motor diretamente ao prato ("direct drive"). Não sei bem qual a utilidade para que gosta de alta fidelidade, mas ele tem também um ajuste manual de velocidade (pitch). A velocidade pode ser escolhida entre 33 e 45 rpm, nada de tocar as velhas bolachas de 78 rpm.Os bons toca discos tinham alguns ajustes importantes. Um deles era a pressão da agulha, regulada movendo o contrapeso do braço. Um segundo ajuste (feito no disco preto da foto abaixo) era a compensação da força lateral introduzida pela pressão.A parte mais importante de um toca discos é a capsula (pickup), que converte os movimentos gerados pelo sulco no disco em minúsculas correntes elétricas. Uma das "jóias" do meu pai era uma capsula Shure que ele trouxe de uma viagem aos EUA. A capsula do D35 não é de uma marca tão famosa, mas é bem razoável.Um acessório importante para um toca discos era um pincel suave, para tirar a poeira que acumulava na agulha.