O design do Poco C65 não chega a chamar a atenção e temos um visual já conhecido visto em outros celulares da Xiaomi. A traseira do aparelho é feita em dois acabamentos: a maior parte é de plástico fosco e próximo das câmeras temos alguns blocos que abrigam o conjunto fotográfico, o flash e o logo gigante da fabricante.Pegamos o modelo na cor preta para análise, mas há versões claras do aparelho em tons de roxo e azul. A traseira e as laterais são planas com leve curvatura para uma pegada confortável. O plástico usado na moldura tem acabamento fosco com boa qualidade que deixa o celular pouco escorregadio.A parte frontal ainda ostenta entalhe em formato de gota, que deixa o celular com cara de modelo antigo, especialmente com suas bordas largas com a inferior com o dobro da espessura das demais. Pelo menos temos proteção Gorilla Glass no vidro para garantir alguma resistência contra riscos.A Xiaomi também não menciona se há alguma certificação para proteção contra água e poeira, mas a gaveta dos chips possui uma proteção emborrachada para barrar a entrada de água, o que ajuda caso o celular pegue chuva. A gaveta é do tipo tripla e permite ter duas linhas e um cartão microSD de até 1 TB ao mesmo tempo.Há entrada padrão para fones de ouvido no topo, mas nada de emissor infravermelho como é comum em muitos celulares da Xiaomi. O leitor biométrico vem incorporado ao botão de energia e funciona bem por ter uma boa área de cobertura do sensor.Em conectividade temos Wi-Fi de quinta geração com suporte a redes mais rápidas de 5 GHz, Bluetooth 5.3, NFC e rádio FM. Este modelo não possui suporte a redes 5G.O Poco C65 vem com tela grande de 6,74 polegadas com painel LCD com resolução HD+ e taxa de atualização de 90 Hz. O nível máximo de brilho da tela é decente e vai garantir boa visibilidade em locais abertos, mas não diretamente sob luz solar direta. Também não espere por suporte a HDR para vídeos e serviços de streaming.A tela vem por padrão no perfil Vívido que tende a forçar as cores frias para dar a impressão de brilho mais forte. Para quem prefere uma exibição mais natural, há o perfil Padrão que deixa as cores mais próximas do ideal. Também é possível puxar a saturação para o máximo ou mesmo regular a temperatura das cores.Há taxa de atualização dinâmica que regula a velocidade a depender do uso, o que alia boa fluidez sem comprometer tanto a bateria. É possível travar a tela em 60 ou 90 Hz, caso você queira fluidez máxima a todo momento ou priorizar a duração de bateria.A parte sonora é decepcionante em vários aspectos. Primeiro: temos apenas um alto-falante na parte inferior, o que limita a experiência multimídia a som mono. Segundo: a potência máxima está bem abaixo da concorrência, sendo uma das mais fracas entre os celulares que testamos.Como se isso não fosse o bastante, a qualidade sonora também está abaixo do desejado. O Poco basicamente foca nos agudos, sofrendo para reproduzir graves e ignorando boa parte dos médios, o que deixa os vocais bem apagados. Usar fones de ouvido é algo obrigatório no C65 para ter uma boa experiência. Pelo menos temos um equalizador com assistente de áudio.